Essa figura nos remete a alguns cuidados e dicas de
estratégias para análise de dados.
1) Nunca tome decisões com base em somente um indicador.
Neste caso, analise também o número de infectados, mortos, recuperados
que voltaram a ter a doença, etc.
Para outro exemplo, veja o post
2) Seguindo a dica de Hans Rosling (livro "Factfulness:
O hábito libertador de só ter opiniões baseadas em fatos"), o melhor é
utilizar índices que são divisões entre 2 indicadores. Isto permite comparar ou
considerar dois indicadores num só.
Por exemplo, recuperados dividido por número de infectados
(ou mortos ou população).
3) Faça comparações mas dentro do mesmo contexto.
Exemplo: número de recuperados no Brasil x algum país
semelhante (por população, localização geográfica, economia semelhante, etc).
E lembre: não há 2 casos exatamente iguais (até mesmo gêmeos
são diferentes em vários aspectos como comportamento, por exemplo).
Adjetivos como bom/ruim, grande/pequeno, belo/feio,
perto/longe são relativos; então só podem ser usados quando há uma comparação.
4) Cuidado com diferenças internas.
O Brasil é muito grande. Analise os indicadores por regiões
e estados.
No Amazonas e Pará, capitais são bem diferentes do interior.
Assim também em vários outros estados. Compare capitais x cidades do interior,
litoral x interior, cidades grandes x pequenas.
E mesmo dentro de uma mesma cidade, há muitas diferenças entre
bairros (centro x periferia, bairros ricos x pobres, bairro residencial x
industrial).
5) Procure analisar a evolução dos indicadores ao longo do
tempo.
Um dado é uma foto de um momento. Após ela, tudo pode ter
mudado.
Analise tendências, desvios (outliers), picos, vales,
platôs, normal x exceções.