Normalmente se diz que “a cultura come a estratégia no café
da manhã”. Isto significa que as empresas e pessoas fazem planos de como algo
deve ser feito, mas aí outras pessoas acabam frustrando estes planos porque não
fazem as coisas, ou porque não fazem direito, ou porque não querem fazer, ou
porque pensam que devia ser feito de forma diferente. E aí a estratégia ou
tática ou plano acaba logo no início.
Pois bem, o contrário também pode acontecer. Imagine uma
empresa onde há pessoas motivadas, proativas e competentes que querem fazer
melhorias e inovações. Mas a empresa não ajuda. Ou seja, a empresa não possui
processos, infraestrutura, planos, metas ou objetivos estabelecidos para que a
melhoria ou inovação aconteça. As pessoas motivadas tentam convencer outros; fazem
planos, orçamentos, pareceres, diagnósticos e passam para seus superiores.
Estes, por inúmeras razões possíveis, não “compram a ideia”. E as informações
não seguem adiante. A mudança não acontece.
A pessoa motivada faz isto uma vez, duas vezes, mais vezes.
Mas chega uma hora que ela desiste. Ela acaba entendendo que a estrutura da
empresa não ajuda a levar adiante ideias de melhorias e inovações.
A conclusão é que este talento proativo acaba saindo da
empresa ou acaba “achatado”, entrando na engrenagem ou fazendo parte do fluxo e
desistindo de sugerir mudanças. Ou seja, a cultura de inovação e melhorias
morre depois de um tempo, depois de tentativas frustradas, porque a empresa não
possui estratégias para levar as ideias adiante.
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